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Foto do escritorNutricionista Jayme Assunção

O grande tabu da testosterona. Qual a visão da nutrição sobre esse hormônio?

Atualizado: 1 de out.

A testosterona é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características sexuais e do estado anabólico de tecidos masculino, mas também é biodisponivel em mulheres. Os níveis de hormônios sofrem alterações com o envelhecimento, independentemente da presença de doenças específicas e me situar em meio a tantos pontos de vista sobre determinado assunto se torna fácil quando eu examino o principal professor: a natureza e o organismo humano em sua originalidade que está em constante processo de envelhecimento. Nas Bahamas existe uma fonte da juventude e o explorador chamado Juan Ponce recebeu a sua localização de um povo indígena e esta fonte, segundo diversas lendas, possui águas capazes de rejuvenescer a pessoa que bebê-las. Logo eu quero ir lá beber 1 litro por dia e ficar a cada dia mais jovem. Existem diversos protocolos no mundo que têm a sua classificação em "fórmula da juventude", na mesma proporção, pessoas estão prontas e totalmente confiantes em seus efeitos milagrosos. Normalmente esse tipo de produto, na década de 80/90/10, era vendido para pessoas que tinham uma idade cronológica entre 45 e 60 anos, mas hoje estamos vendo humanos de 20/30 anos utilizarem medicamentos a fim de perder gordura, ganhar músculo e sentir-se cada vez mais jovem.


Vamos iniciar nossos questionamentos e posteriormente irei explicá-los cientificamente. Quero que você se pergunte, examine e chegue a sua própria conclusão. Não precisamos fechar os olhos para a síndrome denominada senescência, multifatorial e inerente ao ser humano. Todos estamos envelhecendo e consequentemente vamos ficando menos ágeis, mais fracos e tudo que era rápido tende a entrar em slow time (tempo lento) e, naturalmente, escutamos de um homem ou de uma mulher com idade de 50 a 60 anos: "Ei, tem como você andar mais devagar? assim não consigo te acompanhar". A massa muscular é degradada ano após ano, mas o mais interessante é que não perdemos o músculo em sí, o que perdemos é a capacidade de formar tecido muscular em quantidade e velocidade antes apresentadas. Esta alteração na musculatura – sarcopenia (perda de carne) é para mim o maior ponto marcador do envelhecimento humano. A competição funciona da seguinte forma: quem pegar a mesma carga com mais facilidade é o mais jovem. Só me resguardando de possíveis haters, a afirmação anterior refere-se ao tecido muscular, visto que em ciência podemos afirmar: "A sua idade é a do órgão mais velho". Contudo, também devo destacar que todo órgão é formado por tecido muscular e assim seguimos surfando no assunto e desfrutando da dúvida: se eu fico mais velho com o tempo, doenças e inflamações, meus órgãos enfraquecem? e se eu fico mais jovem treinando, me cuidado e com uma boa produção hormonal, eles são regenerados com maior facilidade? funciona assim mesmo?


Com o envelhecimento há um incremento na prevalência de doenças cardiovasculare e paralelamente, ocorre redução progressiva na concentração sérica dos hormônios sexuais masculinos, sendo que nas faixas etárias mais avançadas a testosterona é reduzida em, aproximadamente, 15 a 20% 2 dos indivíduos. Os receptores de androgênios distribuem-se amplamente nos tecidos vasculares, como a aorta, vasculatura periférica e células atriais e ventriculares. Dessa forma, é possível supor que os hormônios sexuais no homem exerçam influência no desenvolvimento das doenças cardiovasculares.

Em decorrência da neurociência, é bom perceber que o músculo é formado por um comando neuronal. A contração é a chave da ativação do processo celular que forma esse tecido que podemos chamar de bíceps, assim como todos os outros, os quais vamos treinar na academia e objetivando sempre hipertrofia, aumentar. "Contraia músculo", seu sistema nervoso central falou, assim como mandou também o trato digestório fazer o seu trabalho de contração peristáltica, realizando o importante trabalho da digestão. Mesma coisa bexiga e até mesmo das artérias, nossos neurônios mandam em tudo.



Na prática o que falei no parágrafo anterior podemos avaliar na imagem acima onde temos um neurônio, destacando-se os detritos que são as pernas, auxiliando na transmissão da mensagem junto com o axônio e formando uma fibra muscular. Nosso músculo é feito de um conjunto de fibras e basicamente quero te mostrar que formar músculo não depende unicamente de hormônios, sendo essa uma das muitas explicações que tenho para aqueles que ganham muita massa muscular com protocolos hormonais e ao parar são acometidos por uma redução drástica em seu volume. Não adianta ter uma testosterona em 900 e o sistema nervoso central estar debilitado com sono irregular, estresse excessivo, alimentação rica em industrializados, pouca hidratação, utilização de cigarro e bebida alcoólica. A Juventude muscular não depende unicamente de hormônio. A seguir vou destacar 5 pontos precisam ser ajustados e de forma indispensável para que sua produção hormonal esteja sempre aumentada e sincronizada ao sistema nervoso central:


01. Ansiedade, depressão e insônia, assim como utilização de medicamentos sem um acompanhamento integrativo. Importante que mantenhamos bons níveis de serotonina, visto que seu sistema é mediado pela produção hormonal. Tanto nos homens como em mulheres, a função serotoninérgica é influenciada pela idade e pelos níveis de hormonais sexuais. Diante disso, destaco dois pontos de maior atenção: muita testosterona sobrecarrega a produção de serotonina, gerando um posterior efeito rebote (Vejo muito isso em meus pacientes que fazem "reposição hormonal" com outros profissionais) e também níveis muito baixos do hormônio podem gerar sintomas de fadiga, baixa concentração, ansiedades e até depressão, implicando uma possível descompensação na produção natural de serotonina, visto que basicamente esse é o neuromodulador que estimulamos ao sentir prazer, satisfação, alegria e em atividade sexual. Pessoas com baixa produção de testosterona podem não estar fazendo nada disso, sequencialmente procuram em medicamentos soluções que em sua maior parte está no seu estilo de vida e biodisponibilidade da testosterona.


02. Desequilíbrio de proteínas plasmáticas relacionadas ao transporte de colesterol. Níveis de colesterol HDL e até mesmo o LDL podem ocasionar uma baixa produção de testosterona, colocando em mesa dietas hipocalóricas, utilização de medicamentos para controle da glicemia e colesterol, assim como aumento do triglicerídeos. Então pouco adianta eu prescrever fórmulas que aumentam naturalmente a produção hormonal, mesmo quando baixa, se o paciente estiver com esses e outros parâmetros em desequilíbrio, sendo que isso não é uma regra. Sendo assim podemos levantar as seguintes perguntas: Se a pessoa tem HDL baixo e glicemia elevada, ela está envelhecendo mais rápido? Gordura no fígado é um problema na produção hormonal? Se aumenta a glicemia e colesterol, a libido tende a reduzir junto? É imediato o efeito negativo dessas relações? Entendendo isso podemos responder que sim, sim e sim, mas vale lembrar que os efeitos podem aparecer meses ou anos depois de vermos taxas aumentadas em exame bioquímico.


03. Descontrole glicêmico. De acordo com a minha avaliação clínica e também já confirmado na literatura, podemos observar que pacientes com os níveis baixos de testosterona têm prejuízo no controle da glicemia, assim como pacientes com descontrole na glicemia apresentam queda na produção da testosterona. Essa afirmação pode gerar milhares de páginas de conteúdo, inclusive com variados posicionamentos, mas quero destacar uma relação da ozempic (semaglutida) com a produção de testosterona, sendo importante lembrar que não tenho nada contra medicamentos quando seu uso é inteligente e necessário. Esse medicamento teve sua utilização aprovada pelo FDA no Estados Unidos com o objetivo de tratar dos pacientes com sobrepeso que tinham quadros associados de diabetes (2) ou hipercolesterolemia. O diabetes tipo 2, por exemplo, geralmente se "desenvolve" após os 40 anos de idade e temos no Brasil pessoas com 15, 20 e 30 anos utilizando a medicação para emagrecimento, em picos de produção hormonal, ou pelo menos seria essa a ideia saudável, mas, infelizmente, estamos acompanhando, nos atendimentos clínicos, pacientes que utilizaram a medicação e com sintomatologia frequentes de baixa libido, força, resistência, depleção de tecido muscular e descompensação emocional. Importante ressaltar que estou relacionando o desequilíbrio orgânico entre glicose e testosterona e a utilização de medicação como exemplo, apesar de a mesma prometer um formato de "ajuste glicogênico" e uma paz no mundo. Nunca se esqueça que se você quer ter uma boa produção do hormônio em questão, deve comer pouco açúcar refinado, pouquíssima lactose e equilibrada frutose proveniente de sucos.


04. Reposição hormonal fora de hora que é organicamente necessário. Você sabia que o Chile, bem aqui pertinho, é um dos países que mais tem vulcões? ele está no Círculo de Fogo do Pacífico, região que é uma verdadeira bomba. Já pensou que o organismo de alguém aqui, que está lendo esse texto pode ser igualzinho? Ficar forte, bonito(a) e com mais disposição pode ter um preço, a pergunta é: Estamos dispostos a pagar? Vou destacar um texto que está na cartilha Rede Câncer e diz assim: "Segundo o artigo Type and timing of menopausal hormone therapy and breast cancer risk: individual participant meta-analysis of the worldwide epidemiological evidence, todos os tipos de reposição hormonal, exceto os estrogênios vaginais, foram associados a riscos excessivos de câncer de mama." E nesta mesma cartilha temos um relato interessante: A professora do Ensino Fundamental, Cláudia Chaves, 54 anos, por exemplo, evitou a reposição por um tempo, até perceber que os sintomas estavam afetando sua rotina e bem-estar. “Em 2007, a menstruação ficou irregular e, em 2008, a insônia e as ondas de calor começaram. Eu dormia quatro horas por noite. Já os calorões apareciam em vários momentos do dia. Também fiquei muito sensível, chorava por qualquer motivo”, lembra Cláudia, que se refere ao período como “tsunami hormonal”. Apesar dos sintomas severos, Cláudia evitou a terapia por temer o câncer. Mas, em meados de 2009, ela e sua médica decidiram iniciar a TRH. “Minha insônia piorou e eu me sentia muito depressiva. Mas o pior foi a perda de memória. Foi horrível. Sentia-me incapacitada”, conta. Como não apresentava fatores de risco, ela pôde iniciar a terapia via oral. “Seis meses após o início do tratamento, a memória voltou ao normal”, comemora. Com isso continuo explicando que não é um problema reposição hormonal, é problema colocar demais e afins de restaurar aquilo que está sendo ocasionado pelo estilo de vida. É altamente necessário e inovador trabalhar a juventude, caso seja necessário poderemos trabalhar de forma integrativa a saúde do paciente, associando a terapia hormonal ao manejo nutricional. Chegando ao ponto crítico, basicamente se você der ao seu corpo uma quantidade de testosterona que ele não precisa, você simultaneamente terá uma queda na produção natural e provocando uma dependência de dose extras (exógenas). Se você der quando ele realmente precisa, é regulado de acordo com o que sua fisiologia suporta e isso será altamente interessante para qualidade de vida e longevidade.

05. Sistema cardiovascular incapacitado de administrar o que vou dizer a frente. Assim como venho falando que altos níveis séricos de vitamina D é prejudicial à saúde humana quando associado ao consumo excessivo de alimentos ou produtos alimentícios que contenham cálcio, também quero lembrar que quanto mais testosterona temos, mais cálcio será transportado para os ossos e, no caminho até esses lindos pedaços brancos e resistentes do nosso corpo temos bastante artérias e essas passam e depositam nutrientes no coração, se aumentar demais o cálcio em sua estrutura, torna-o mais "duro". Pessoal, parece que é brincadeira, mas tudo tem um preço, não pensemos que será simplesmente flores. Mulheres sob terapia de reposição hormonal podem ter complicações cardiovasculares. A constatação foi feita por pesquisadores do Laboratório de Imunofisiopatologia, do Instituto de Ciências Biomédicas, e do Instituto do Coração da USP. E assim, podemos ver um absurdo de homens e mulheres praticantes do sedentarismo buscando taxas hormonais mais elevadas sem se quer pensar em realizar atividade física diariamente, buscando um milagre e não enxergando o risco disso. O funcionamento do nosso coração tem que estar proporcional a nossa capacidade de produção hormonal, sedentários são uma bomba relógio nesse mundão em que vivemos.


A alimentação influencia diretamente na produção e no aproveitamento da testosterona como, por exemplo, um baixo consumo de gorduras boas em que podemos destacar abacate, azeite-extra virgem, oleaginosas, carne do coco, óleo de coco e banha de porco. A falta de consumo dessas gorduras boas é um fator adicional em causa de muita deficiência hormonal que vemos em adolescentes e adultos. Uma recente revisão britânica que reuniu dados de 206 voluntários descobriu que homens em dietas ricas em gordura tinham níveis de testosterona cerca de 60 pontos mais altos, em média, do que homens em dietas pobres em gorduras. Mas indo mais a fundo, posso garantir-lhe que essa produção hormonal não é mediada pela gordura em si e sim pela composição desses alimentos que contém altos níveis de lipídeos. O amendoim muito conhecido por seu fator afrodisíaco é rico em arginina, um aminoácido que utilizo com frequência em meus acompanhamentos e que tem um efeito vasodilatador, aumentando a circulação sanguínea, assim como zinco e outros minerais que participam da produção hormonal. A minha especialidade, Nutrição Ortomolecular, trabalha o aumento ou redução, quando necessário, da produção natural de hormônios e isso se faz através de vitaminas, minerais e fitoterápicos.

O que mais queremos é enfrentar essa vida e com disposição, nosso futuro não é a fadiga; ter independência é fator crucial para qualquer ser humano. A pior coisa que possa acontecer a nós é ir definhando dia após dia. A medicina e nutrição moderna têm um aporte de muitos direcionamentos para corrigir falhas ocasionadas pelo processo de envelhecimento e isso vem sendo utilizado para restaurar problemas do estilo de vida. Antes de tudo e de qualquer percepção, devemos examinar o que estamos fazendo diariamente e sempre lembrar que quanto mais lutamos mais conquistamos. A nossa teoria não é simplista e tudo depende do contexto de vida que estamos levando, não pense que uma pílula, injeção ou fórmula vão salvar a sua produção hormonal. Quase todas as doenças da prática médica cursam com atrofia muscular, um exemplo é a insuficiência cardíaca, estado em que os pacientes muitas vezes reduzem obrigatoriamente a atividade física, sequencialmente potencializam uma atrofia muscular e reduz a produção de testosterona e, diante disso, afirmo: A vida não reconhece a inatividade, ou você se movimenta ou nem adianta preocupar-se com testosterona, pois o envelhecimento é garantido. Considero bons níveis de testosterona para homens entre 450 e 800ng/dL e mulheres entre 25 e 55 ng/dL.

E para finalizar, o sarcômero é a unidade contrátil do músculo e essa contração através de exercícios com cargas ou não tem uma estreita sinalização da produção e aproveitamento hormonal. Existem estudos que demonstram aumento de hormônios anabólicos em repouso após o treinamento de força, levando alguns autores a sugerirem esse tipo de treinamento como intervenção para manutenção dos níveis de testosterona durante o envelhecimento. Entretanto, outros estudos não encontraram diferença alguma. E como sempre observo, existem diversos pontos de vista e nisso eu não ficaria em cima do muro, já que em minha prática tenho o poder de examinar. Em abril de 2021 minha testosterona estava em 500ng/dL e iniciei um treino de crossfit, intensificando mais a exposição dos membros inferiores à carga e repetições e, no mês de junho, minha testosterona estava em 680ng/dL. Exercícios aeróbicos aumentam o fluxo sangüíneo e a vasodilatação relacionada à liberação de óxido nítrico potencializando a liberação de testosterona. Resumindo, quanto mais você contrair a sua musculatura, mais tende a produzir testosterona, foi assim que a natureza escreveu. Todo excesso da testosterona é inativado e esse processo ocorre predominantemente no fígado, se você não utilizar para construção de tecido muscular uma sobrecarga hepática é a possível consequência. Chega de alertas e vamos ao que mais interessa, gosto de falar dos benefícios da boa produção deste hormônio que são:


  1. Manutenção da massa magra. A testosterona endógena pode contribuir para o envelhecimento saudável por estimular o aumento da matriz óssea, induzir a retenção de cálcio, aumentar a formação de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular, e também o controle do metabolismo basal e controle das funções sexuais (LE BLANC et al., 2011).

  2. Melhora na aptidão física. O treinamento aeróbico intervalado de alta intensidade mostrasse um estímulo suficiente para melhorar dos níveis de testosterona em homens (HAYES et al., 2017)

  3. Melhora dos reflexos osteoarticulares e retardo de patologias como osteoartrite, osteoporose, lombalgias, cervicalgias e miopatites têm uma estreita relação com a queda potencial da formação muscular. Segundo Orwoll ES. em Treatment of osteoporosis in men. Calcif Tissue (2004 p.75): "Os hormônios sexuais, fatores sistêmicos do metabolismo ósseo e, principalmente, a testosterona no homem, têm importante papel na determinação da massa óssea."

  4. Melhora no perfil hormonal. A hipófise que é uma glândula do tamanho de uma ervilha que está alojada no cérebro, produz diversos hormônios reguladores e estimuladores, inclusive relacionados a ativação produtiva de testosterona que são o LH (Hormônio Luteinizante) e FSH (Hormônio Foliculoestimulante). Então se estimulamos a produção natural de um hormônio, podemos estar beneficiando todos os outros que possivelmente também podem estar desregulados.

  5. Aumento do tônus muscular da autoestima, confiança e melhorias comportamentais como redução de ansiedades, além de uma incrível sensação de bem estar. Vou abrir um breve parêntese e perguntar aqueles ou aquelas que já fizeram terapia hormonal (com testosterona): O quanto você se sentiu bem no início e quanto tempo isso durou? - Nossa massa muscular e cognição não depende única e exclusivamente de hormônios, mas eles ajudam. Vamos estimular de forma natural e duradoura para que todos esse benefícios sejam capazes de permanecer, e assim quando for necessário estaremos preparados para qualquer reposição, mentalmente e acima de tudo: com um estilo de vida condizente.


SEJA MAIS FORTE DO QUE SUAS DESCULPAS.
JAYME ASSUNÇÃO - NEUROCIÊNCIA, NUTRIÇÃO E ESPORTES.
CRN 11090


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1 Comment


Açucena Silva
Açucena Silva
Aug 09, 2023

É muito bom ver alguém falando bem da testosterona (natural), ótimo texto!

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